Síndrome de Williams, o transtorno genético raro que torna as crianças extremamente extrovertidas


Você nunca vai ficar sem assunto ao falar com alguém com a Síndrome de Williams. Seja em uma reunião ou em uma festa, eles são os primeiros a puxar conversa, entram em qualquer bate-papo e, se necessário, sobem até no palco.
Além de extrovertidos e sociáveis, também têm empatia e estão dispostos a agradar. Mas essas características, que os tornam jovens adoráveis, podem trazer dificuldades sociais na vida adulta.
"As pessoas com essa condição têm um perfil psicológico e social muito definido", explica à BBC Rosa Gonzalez, presidente da Associação de Síndrome de Williams da Espanha (ASWE), que reúne 170 famílias.
Seu filho David, de nove anos, foi diagnosticado aos 21 meses com o transtorno, que costuma ser descrito a grosso modo como o "oposto do autismo".
Embora os seres humanos possuam aproximadamente 25.000 genes, basta a ausência de cerca de 25 genes do cromossomo 7 para que a pessoa apresente a desordem, imperceptível em exames de pré-natal.
A Síndrome de Williams atinge menos de 5 em cada 10.000 pessoas, sendo considerada um transtorno raro.
Rosa enfatiza, no entanto, que "não são crianças doentes, mas crianças que apresentam um distúrbio no seu desenvolvimento geral".

O outro lado da sociabilidade exagerada

Quem tem Síndrome de Williams deposita muita confiança em estranhos, não entendendo geralmente quando estão em perigo ou são vítimas de algum golpe, o que as deixa bastante vulneráveis.

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