Unidos da Tijuca livre do rebaixamento


Nenhuma escola de samba do Rio de Janeiro será rebaixada neste ano e com isso a Unidos da tijuca ficará no grupo especial, por ter seu desfile inteiro prejudicado a agremiação temia muito que isso ocorresse, a decisão foi da Liesa junto com todos os presidentes das escolas.

Veja abaixo o drama da Tijuca:

A alegria que contagiou a Unidos da Tijuca (escola de samba do Rio de Janeiro), durante todo o ano deu lugar a tristeza e a dor de ter o seu desfile interrompido por um grande acidente. Uma das mais esperados para este ano, a escola trouxe uma rica homenagem a música americana, que teve sua história contada por meio de um encontro entre Louis Armstrong e Pixinguinha.

Pouco depois de começar o seu desfile a escola viu desabar a parte superior do seu segundo carro "Nova Orleans - Cidade do Jazz" e levar junto vários componentes que desfilariam na alegoria. A escola teve o sonho de ser campeã neste ano destruído pela tragedia e passou a concentrar seu foco em escapar do rebaixamento.


A escola do Morro do Borel foi firme e levou mesmo com tantas dificuldades seu desfile até o fim. Logo na comissão de frente trouxe bailarinos que simulavam caixas de som tocando ao som de Louis Armstrong e Pixinguinha, o abre-alas "Da guerra à identidade musical", que mostrou a influência da guerra na música norte americana, seguida de alas que começam a contar a história da música com uma ala coreografada e um tripé da barca do Mississípi, seguida da ala de funerais que antecederia o carro envolvido no acidente.

O setor seguinte começa a contar a história do country seguido do setor do Rock que trás a bateria do mestre casa-grande vestida de Elvis Presley e uma enorme alegoria cheia de detalhes, a ala das baianas representando o filme mudança de hábito abre o setor dos musicais que se encerra com um lindo carro representando um musical totalmente coreografado, o desfile foi encerrado com o último setor (pop), o setor inteiro veio coreografado com destaque as alas "Thriller" em homenagem a Michael Jackson e "Pop - Beyonce" homenageando a cantora norte-americana e pelo carro "Estrelas do Pop" que trouxe dezenas de covers de artistas da música dos Estados Unidos.


O desfile seria digno de voltar nas campeãs, talvez até como ganhador do carnaval, mas em meio a essa triste tragedia a escola agora passou a temer o rebaixamento, agora com a decisão da Liesa, está mais tranquila. Mesmo com tantos problemas os componentes da agremiação foram fortes e levaram até o fim o desfile que seria um dos melhores do carnaval com  toda certeza, o acidente foi destaque nos Estados Unidos, que acompanhava tudo de perto devido a valorização da sua música trazida pela Tijuca.




Além da Unidos da Tijuca, outras escolas também tiveram problemas com carros alegóricos este ano, é o caso da Paraíso do Tuiuti, que viu seu último carro atropelar mais de 20 pessoas na primeira noite, da Mocidade Independente, como desabamento de parte de uma alegoria que resultou na queda de uma componente, a União da Ilha também foi prejudicada por uma de suas alegorias que apresentou problemas durante o percurso e parou várias vezes e Mangueira que viu um de seus carros com uma das rodas travadas no meio da Marquês de Sapucaí.

Em meio a tantos acontecimentos negativos nos desfiles a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), disse que está apurando as causas e vai se reunir com as escolas para adotar novas normas de segurança para a construção das alegorias.

Texto: Jorge Noronha

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