Como identificar estudantes com superdotação?


Segundo dados da OMS, cerca de 10 milhões de brasileiros possuem altos níveis de habilidades, mas o Censo Escolar de 2016 só possuía 15,9 mil “superdotados” em seus registros – e apenas 244 em classes exclusivas.
A análise foi encomendada pelo MEC em 2017 para avaliar as ações em todo o País dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (Naah/S), equipamentos públicos sob responsabilidades dos Estados, com apoio financeiro do governo federal. A proposta era criar um cadastro nacional desses alunos, finalizado no início deste ano, bem como oferecer formações para professores e equipamentos para as atividades.
Diferentes legislações tratam do atendimento para esses estudantes. A mais recente delas é uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 2015, que inclui um artigo que obriga Estados, Distrito Federal e municípios a estabelecerem “diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na educação básica e na superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação”.
A identificação de um aluno com altas habilidades pode ocorrer também depois que professores ou pais desconfiarem do comportamento do jovem e pedirem uma avaliação.
Como identificar altas habilidades
– Desenvolvimento neuropsicomotor precoce: a criança engatinha, anda e fala mais cedo do que o esperado, com vocabulário avançado para a idade;
– Habilidade superior para manutenção da atenção;
– Criatividade aguçada: a criança é curiosa e sempre quer “esgotar” os assuntos que tem interesse;
– Inquietação na escola: nem sempre o aluno tem boas notas. Isso depende do interesse na aula;
– Desempenho acima da média: a alta habilidade não precisa aparecer necessariamente em uma disciplina. Pode se manifestar, por exemplo, na música;
– Avaliação: os testes de QI caíram em desuso. Hoje, as avaliações são globais, com entrevistas com pais e até atividades lúdicas.

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