Combate a LGBTIfobia: uma luta que vai além do dia 17 de maio e perpassa a educação


Hoje, 17 de maio de 2018 completam 28 anos da decisão da OMS (Organização Mundial da Saúde) de retirar a homossexualidade da lista internacional de doenças, uma conquista alcançada a duras lutas e resistências dos movimentos LGBTI em todo o mundo.

A data foi comemorada pela primeira vez como o dia internacional de luta por direitos LGBTI em 2004, marcando pela grande concentração de movimentos, discussões e protestos em todo o mundo.
A ONU (Organização das Nações Unidas), também comemora junto a esse dia os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Em 13 países o casamento entre pessoas do mesmo sexo e regulamentado e em mais de 20 a adoção por parte desses casais e permitida, em contra partida 70 países ainda criminalizam a homossexualidade, sendo que desses, ao menos 12 punem com pena de morte.

Muitas conquistas são comemoradas a cada ano pela comunidade LGBTI e fortalecem a luta por direitos. Recentemente tivemos por exemplo a autorização para uso de nome social em escolas de educação básica e vivenciamos a regulamentação do casamento gay/lésbico nos Estados Unidos. O mundo está de olho nas lutas e já não se pode mais fechar os olhos para tamanhas reivindicações.

Contudo, a violência crescente contra Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais assusta e chega a nos questionar se os esforços feitos são suficientes, vivemos no país que mais mata por intolerância sexual no mundo, temos autos índices de abandono contra essa comunidade e reproduzimos a cada dia discursos e práticas sexistas e homofóbicas que fazem com que perdure o preconceito e as desigualdades.

Evidencia-se a cada dia a necessidade em se buscar a promoção de políticas públicas inclusivas e de combate a LGBTIfobia, porém os poderes públicos, alavancados pela influencia de lideranças "religiosas", ainda se colocam como barreiras para muitas conquistas e buscam o que chamamos de retrocesso ao tentar (e conseguir na maioria das vezes), aprovar leis que beneficiam o preconceito e a discriminação em escolas e outros espaços públicos (como a retirada de discussões de gênero dos currículos escolas), que de acordo com a constituição são laicos.

É preciso que nos, profissionais da educação estejamos atentas, atentos as opressões e as práticas preconceituosas e desrespeitosas em nossos ambientes de trabalho, promovamos a equidade, preguemos o respeito e plantemos o amor em nossas educandas e educandos.

O dia 17 termina, mas nossa luta é intensa, pois a educação sempre buscará o cumprimento e a promoção dos direitos humanos.

Texto: Jorge Noronha

Comentários

  1. Essa vinculação Estado x Religião que só favorece um grupo é totalmente exclusiva e tem os moldes da inquisição. Por um Brasil feito para todxs!

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